quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Código Nacional de Ética, Orientação e Disciplina do Musicoterapeuta



Embora a profissão do Musicoterapeuta seja atuante desde meados do século 20  (o primeiro curso acadêmico de formação de musicoterapeutas surgiu em 1946 na Universidade de Kansas e em 1950 fundou-se a Associação Nacional de Musicoterapia) ainda levanta algumas confusões e dúvidas sobre a atuação e qualificações desse profissional.

A falta de esclarecimentos à grande parte da população, leva muitos, na vontade de se tornar um musicoterapeuta (que bom! precisamos de mais musicoterapeutas atuantes - porém qualificados), a procurar cursos rápidos e rasos que não qualificam para a atuação e não tornam esse profissional um musicoterapeuta.

Assim como também podemos encontrar músicos, psicólogos, psicopedagogos e tantos outros profissionais (sem formação superior em musicoterapia) que pelo fato de utilizar a música em seus atendimentos chamam suas atuações de musicoterapia.

Infelizmente, toda essa falta de conhecimento atinge de imediato a outra ponta, ou seja, os pais que procuram atendimento para seus filhos, pacientes em busca de ajuda, que não sabendo o que esperar de um musicoterapeuta, aderem a tratamentos com profissionais não qualificados

Quem é o Musicoterapeuta?

O profissional musicoterapeuta é um profissional com curso superior em Musicoterapia, graduação ou pós graduação, e ainda filiado a uma associação de musicoterapia.

A formação em Musicoterapia oferece profundos conhecimentos específicos e extensas horas de estágio, preparando o profissional para atuar na prevenção, restauração ou reabilitação da saúde física, mental e psíquica dos seus clientes/pacientes, portanto não podemos permitir a atuação de profissionais despreparados.

Afim de nortear e oferecer um guia, tanto para os profissionais musicoterapeutas, população e instituições, foi elaborado o Código Nacional de Ética, Orientação e Disciplina do Musicoterapeuta.

Baixe AQUI documento completo, leia e divulgue!

Não aceite um profissional despreparado! 






sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Atividades nas Instituições de Longa Permanência para Idosos

Atividades Musicais em Instituição de Longa Permanência para Idosos

As instituições que abrigam idosos está em acelerado crescimento. Com o envelhecimento populacional ocorrendo em um contexto de grandes mudanças sociais, culturais, econômicas e institucionais, espera-se para o futuro próximo um crescimento a taxas elevadas da população de 80 anos e mais.

No entanto, a certeza do crescimento da população idosa está  acompanhada pela incerteza das boas condições de cuidados que estes receberão.

Embora a legislação brasileira estabeleça que o cuidado dos membros dependentes deva ser responsabilidade das famílias, este se torna cada vez mais difícil, por diversos fatores como:

  • redução da fecundidade,  
  • mudanças na nupcialidade e 
  • crescente participação da mulher - tradicional cuidadora - no mercado de trabalho. 


Isto passa a requerer que o Estado e as instituições  privadas dividam com a família as responsabilidades no cuidado com a população idosa. Diante desse contexto, uma das alternativas de cuidados não-familiares existentes corresponde às instituições de longa permanência para idosos (ILPIs), sejam públicas ou privadas.

Mas o que é uma ILPI?

No Brasil, não há consenso sobre o que seja uma ILPI. Sua origem está ligada aos asilos, inicialmente dirigidos à população carente que necessitava de abrigo, frutos da caridade cristã diante da ausência de políticas públicas.

Para a Anvisa, ILPIs são instituições governamentais ou não-governamentais, de caráter residencial, destinadas a domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condição de liberdade, dignidade e cidadania.

Casa de Repouso ou Instituição de Saúde?
O envelhecimento da população e o aumento da sobrevivência de pessoas com redução da capacidade física, cognitiva e mental estão requerendo que os asilos deixem de fazer parte apenas da rede de assistência social e integrem a rede de assistência à saúde, ou seja, ofereçam algo mais que um abrigo.

Porém, as ILPIs não são estabelecimentos voltados à clinica ou à terapêutica, apesar de os residentes receberem - além de moradia, alimentação e vestuário - serviços médicos e medicamentos.

Os serviços médicos e de fisioterapia são os mais frequentes nas instituições brasileiras, encontrados em 66,1% e 56,0% delas, respectivamente. No entanto, 34,9% dos residentes são independentes.

Por outro lado, a oferta de atividades que geram renda, de lazer e/ou cursos diversos é menos frequente, declarada por menos de 50% das instituições pesquisadas. O papel dessas atividades é o de promover algum grau de integração entre os residentes e ajudá-los a exercer um papel social.

Assim, para que o idoso que se encontra numa situação de institucionalização, seja ele dependente ou não, possa desfrutar de uma vida com qualidade, entendemos que é necessário que as instituições ofereçam atividades que envolvam o sujeito de forma global, ou seja, ir além do atendimento das suas necessidades básicas (alimentação, vestuário, higiene) mas também contemplar atividades sociais e de lazer.

Atividades na Instituição

São diversas as atividades que podem ser desenvolvidas com a população idosa, tais como Artesanato, Arteterapia, Pintura, Dança, Música e tantas mais.

A Musicoterapia é uma modalidade terapêutica bastante aceita e que envolve todos os idosos, dependentes (acamados, demenciados..) e ativos.

A  música tem a capacidade de fazer com que o idoso entre em contato consigo mesmo, resgatando e revivendo experiências do passado, expressando sentimentos, refletindo e se concentrando numa atividade (CAYRES, 2006).
Além disso, o fazer musical implica na realização de várias tarefas: tocar um instrumento, cantar, memorizar peças e letras musicais, improvisar. Tais produções combinam rápidas respostas motoras e cognitivas (PERETZ e ZATORRE, 2005), tornando a musicoterapia uma poderosa ferramenta na reabilitação física e cognitiva, ao mesmo tempo que oferece ao idoso uma atividade prazerosa e facilitadora das relações sociais.

Para saber mais sobre a musicoterapia com idosos acesse AQUI os outros artigos disponíveis no Blog.

Referências Bibliográficas

Camarano A. A., Kanso, S. As instituições de longa permanência para idosos no Brasil. Rev. bras. estud. popul. vol.27 no.1 São Paulo Jan./June 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982010000100014

CAYRES, K. Quem Canta, Seus Males Espanta. Disponível em: http://www.amtrj.com.br/arquivos/jornalUFRJ.pdf.

PERETZ I., ZATORRE R. Brain Organization for music processing. Montreal: Annu Review Psychology, vol. 56, 2005.








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